Há dores que não gritam.

Elas se escondem nos silêncios, nas insônias, nas manhãs que pesam mais do que deveriam
Você segue entregando, funcionando, atendendo expectativas — mas lá dentro, algo começou a se apagar. É sutil no começo. Um incômodo aqui, um vazio ali. Mas, aos poucos, essa sensação se torna uma presença constante: um cansaço que não passa, um desconforto sem nome, uma vida que já não parece sua.

Vivemos tempos em que o trabalho deixou de ser apenas trabalho. Ele se tornou identidade, missão, propósito. Somos constantemente lembrados de que precisamos "fazer o que amamos", como se isso resolvesse a dor de estar desconectado de si. E nessa busca, nos perdemos em papéis, metas, personas — moldes que nos afastam da nossa verdade interior.

Em algum momento, o corpo começa a dar sinais. A mente perde o ritmo. A alma… se distancia. E o que aparece pode ser chamado de ansiedade, burnout, estafa — mas no fundo, o que está acontecendo é um descompasso profundo entre quem você é e o papel que tem sustentado.

 

A tendência do ser humano é tratar esse colapso mental como falha, fraqueza, problema. Mas e se for o contrário? E se esse momento for um chamado da alma, um rompimento necessário com aquilo que já não faz mais sentido?

Na psicologia junguiana, acreditamos que há um movimento simbólico acontecendo quando adoecemos dessa forma. Um movimento interno que nos convida a deixar os papéis herdados — e caminhar em direção ao que é mais verdadeiro em nós. Esse tipo de sofrimento não se cura com produtividade, frases prontas ou promessas de alta performance emocional. Ele precisa de escuta. De presença. De coragem para pausar e abrir espaço para o que há tanto tempo tem sido silenciado.

 

A jornada da alma não é linear. Ela se desenha em espiral: vamos e voltamos, caímos e levantamos, mergulhamos e emergimos.
Antes de “melhorar”, muitas vezes é preciso encarar o inverno psíquico — aquele tempo de recolhimento em que nada floresce por fora, mas tudo se move por dentro.

Na clínica, acompanho muitas pessoas que chegam acreditando que estão falhando. Mas o que vivem, na verdade, é o início de uma transformação profunda. Elas estão apenas cansadas de sustentar uma versão de si que não dá mais conta do que pulsa dentro.

O que se rompe nesse momento não é a capacidade. É o pacto inconsciente com uma vida que já não reflete quem se é.

 

Fica aqui um convite para recomeços, se algo em você reverberou, talvez seja hora de escutar com mais delicadeza o que já vem sussurrando há algum tempo. Talvez sua alma esteja pedindo passagem. Talvez não seja fraqueza. Talvez seja o começo de uma reconexão.

Um processo terapêutico pode ser essa travessia — o espaço onde a alma encontra nome, acolhimento e direção.


Na Senda da Alma, meu propósito é criar esse espaço seguro: onde você pode parar de performar, e começar a se ouvir de verdade.

Se for o momento, minha presença está aqui.
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